A dieta é uma variável de importância crítica no desenvolvimento da cárie dentária. O que e como se come tem grande significado. A dieta influencia a produção de ácidos, o tipo e quantidade da placa dentária, a variação de microrganismos, a qualidade e quantidade de secreção salivar.
É sobejamente conhecida a relação da dieta e sua composição rica em açúcar com os elevados índices de cárie. Entretanto, o risco de desenvolvimento da doença aumenta muito quando a ingestão acontece nos intervalos das principais refeições. Além disto, sabe-se que a sacarose é o mais cariogênico dos carboidratos. Quando é consumido por bebês, contribuem para a colonização dos microrganismos responsáveis pela cárie, desempenhando papel relevante na precocidade do processo. Os padrões dietéticos adquiridos na infância irão repercutir nos futuros hábitos alimentares do indivíduo.
É indispensável orientar as mães no sentido de estabelecer a dieta controlada do bebê, nesta fase de sua vida, além de introduzir hábitos de higiene oral. Não existe a necessidade de oferecer açúcar refinado à criança, uma vez que ele não o conhece e nem necessita dele nessa forma. Posteriormente o contato será inevitável e a continuação da proibição do consumo do açúcar não é realista. Mais do que tentar eliminá-lo, deve ser modificado o padrão de consumo, favorecendo sua utilização racional.
A cariogenicidade dos alimentos, também está relacionada com sua consistência. Esse critério irá determinar qual o tempo necessário para que o alimento seja eliminado da cavidade bucal e, quanto maior for o tempo, maior é sua cariogenicidade. Ao ser comparado o refrigerante com o caramelo, percebe-se que este ficará retido nos dentes por um tempo maior, sendo, portanto, mais cariogênico.
Desta forma, a dieta deve ser considerada como um dos fatores responsáveis pelo aparecimento da doença cárie.
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